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sexta-feira, 17 de julho de 2009
Eu salvo vidas
Como proceder com o potencial doador falecido?
Considera-se como potencial doador todo paciente em morte encefálica. No Brasil, o diagnóstico de morte encefálica é definido pela Resolução CFM nº 1.480/97. Deve ser registrado, em prontuário, a Declaração de Morte Encefálica, descrevendo os elementos do exame neurológico que demonstrem ausência dos reflexos do tronco cerebral, bem como o relatório de um exame complementar. Para a constatação do diagnóstico de morte encefálica é necessário certificar-se, inicialmente, que o paciente:
1) tenha identificação e registro hospitalar;
2) tenha a causa do coma conhecida e estabelecida;
3) não esteja hipotérmico (temperatura menor que 35o C);
4) não esteja usando drogas depressoras do Sistema Nervoso Central;
5) não esteja em hipotensão arterial.
Após essas certificações, o paciente deve ser submetido a dois exames neurológicos que avaliem a integridade do tronco cerebral. Esses exames são realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e transplante. O intervalo de tempo entre os exames é definido em relação à idade do paciente (Resolução CFM nº 1.480/97).
Após o segundo exame clínico, é realizado um exame complementar que demonstre ausência de perfusão cerebral ou de atividade elétrica cerebral ou, ainda, de atividade metabólica cerebral.
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