Em uma entrevista realizada na última terça-feira com Associated Press na Cleveland Clinic, onde ocorreu o transplante de 22 horas - coordenado pela cirurgiã Maria Siemionow -, ela falou sobre seus planos para promover a doação de órgãos. "Foi a decisão de um doador anônimo que me salvou de levar uma vida em que só poderia comer e respirar por um tubo", afirmou.
Em 2004, Connie foi atingida no rosto por um tiro de espingarda do marido, em uma tentativa de homicídio. Em julho deste ano, ela passou por novas correções nas bochechas e no queixo, chegando a 80% de reconstrução (que incluiu ossos, músculos, nervos, pele e vasos sanguíneos). O procedimento tirou pedaços excedentes de pele e também acabou com frequentes dores de cabeça.
Agora, a americana já consegue ter sensibilidade na face, sorrir, ingerir alimentos sólidos - recentemente, comeu um bife pela primeira vez - e conversar. Apesar disso, ainda caminha com a ajuda de uma bengala e só distingue formas e sombras.
Desde que o marido atirou em seu rosto, Connie não se preocupa sobre o que os outros pensam sobre sua aparência. "Não importa como você se vê, alguém sempre vai encontrar um defeito", disse ela. "Pode ser o jeito como você fala ou algo assim. Ninguém é perfeito", completou.
A americana conta que sua vida familiar melhorou depois do transplante. "Toda a minha família tinha dificuldade até para chegar perto de mim, pela maneira como eu me encontrava. Agora estamos mais próximos do que nunca", revelou.
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