segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Ausência

Lúcio José Gusman


Ausência


Não estares
é como abrir uma ferida imensa
de onde salta
um mar vermelho de solidão.
É dissecar em mim
um tempo que não existe,
um tempo em que não sou,
no qual tu és, absoluta,
pela falta em que me queimas.
Não estares
é afogar-me em águas turvas
ardendo na sede,
insaciável,
que me consome.
Não estares
é como se não quisesses estar
mesmo querendo,
enquanto eu sorvo, ininterruptamente,
a agridoce essência
do teu ser onipresenteausente


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2 comentários:

  1. Parabéns, pela postagem!!!!!
    Maravilhosa essa poesia de nosso tão amado e saudoso Lúcio José Gusman. De onde ele estiver que receba todo o nosso carinho cheio de saudade... E que ele possa transmitir esse sentimento de AUSÊNCIA ao seu grande amigo, o também saudoso, Benedito Marcondes, meu pai querido. Que Deus os abençôem e lhes dê o descanso eterno.

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  2. Parabéns Filhão pela bela lembrança...
    ele permanecerá sempre entre nós realmente mesmo ausente onipresente...
    Obrigada!
    Mamãe

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