Não estares
é como abrir uma ferida imensa
de onde salta
um mar vermelho de solidão.
É dissecar em mim
um tempo que não existe,
um tempo em que não sou,
no qual tu és, absoluta,
pela falta em que me queimas.
Não estares
é afogar-me em águas turvas
ardendo na sede,
insaciável,
que me consome.
Não estares
é como se não quisesses estar
mesmo querendo,
enquanto eu sorvo, ininterruptamente,
a agridoce essência
do teu ser onipresenteausente
Parabéns, pela postagem!!!!!
ResponderExcluirMaravilhosa essa poesia de nosso tão amado e saudoso Lúcio José Gusman. De onde ele estiver que receba todo o nosso carinho cheio de saudade... E que ele possa transmitir esse sentimento de AUSÊNCIA ao seu grande amigo, o também saudoso, Benedito Marcondes, meu pai querido. Que Deus os abençôem e lhes dê o descanso eterno.
Parabéns Filhão pela bela lembrança...
ResponderExcluirele permanecerá sempre entre nós realmente mesmo ausente onipresente...
Obrigada!
Mamãe