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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Demografia Médica no Brasil vol 2
Mensagem de Dr Roberto Luiz d´Avila
Presidente do Conselho Federal de MedicinaSomente com vontade política, financiamento adequado e gestão qualificada romperemos com o ciclo histórico da desigualdade que tem mantido o Brasil, em diversos indicadores de saúde, em posições incompatíveis com os anunciados progressos na área econômica.
É preciso que o governo demonstre sua compreensão de que o investimento em saúde – assim como em educação – coloca o cidadão como fim maior de sua existência, provando que no país o desenvolvimento econômico andará de braços dados com avanços sociais.
Os governantes devem entender que a condução de um sistema nacional de saúde como o brasileiro – baseado nas diretrizes da universalidade, integralidade e equidade no acesso – necessita de uma visão estruturante. Ou seja, as decisões devem ser permanentes e as respostas não devem ser meramente midiáticas ou guiadas pelo imediatismo.
Neste terreno, a falta de informações baseadas em evidências termina por fortalecer posicionamentos equivocados, que confundem a sociedade e protelam a tomada de decisões. Por isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) estabeleceram parceria para produzir novo trabalho que oferece dados e análises sobre o perfil do médico em atividade no país.
O estudo Demografia Médica no Brasil – Volume II – Cenários e Indicadores de Distribuição traz informações preciosas e inéditas que agregam elementos importantes ao debate sobre o tema nas esferas pública e privada da saúde.
Assim, as tendências reveladas podem nortear a adoção de medidas que assegurem a construção de um projeto de país e de um sistema de saúde mais justo e solidário, orientado pelos compromissos com a qualidade da assistência, a equidade, a justiça e a ética.
Com dados que reforçam os argumentos que temos levado ao debate público, esperamos as condições para exercer aquilo que move os médicos e a Medicina: a melhoria da saúde do ser humano e o bem estar da sociedade.
domingo, 24 de fevereiro de 2013
Rivaroxabana : Xarelto
Rivaroxabana : Xarelto (R)
Para relembrar, a ativação do fator X a fator Xa (FXa) por meio das vias intrínseca e extrínseca desempenha um papel central na cascata da coagulação sanguínea. O FXa converte diretamente a protrombina em trombina por meio do complexo de protrombinase e, finalmente, essa reação leva à formação do coágulo de fibrina e à ativação das plaquetas pela trombina.
Uma molécula de FXa é capaz de gerar mais de 1.000 moléculas de trombinapela natureza de amplificação da cascata da coagulação. Além disso, a taxa de reação do FXa ligado à protrombinase aumenta 300.000 vezes, em comparação à do FXa livre e causa uma descarga explosiva de geração de trombina. Os inibidores seletivos de FXa podem encerrar a descarga amplificada de geração de trombina.
Indicações atuais:
- Prevenção do tromboembolismo venoso (TEV) em pacientes que se submetem à artroplastia eletiva do quadril ou do joelho.
- Tratamento da trombose de veia profunda (TVP), e prevenção da TVP recorrente e embolia pulmonar (EP) seguida de TVP aguda.
- Prevenção de AVC e embolia sistêmica em pacientes com fibrilação atrial não valvular.
Um dos estudo sobre a droga abaixo:
ROCKET AF: rivaroxabana para prevenção contra o AVC na fibrilação atrial
- Fibrilação atrial (FA) é a arritmia cardíaca mais comum e aumenta consideravelmente o risco de AVC
- Fatores de risco adicionais como idade, sexo e condições médicas concomitantes (incluindo insuficiência cardíaca e diabetes mellitus) agravam o risco de AVC
- Os antagonistas da vitamina K, como a varfarina e acenocumarol, são o padrão atual de tratamento para prevenção de AVC na FA mas sua administração é desafiadora na prática clínica
- Embora os antagonistas da vitamina K sejam eficazes eles têm um perfil farmacológico imprevisível que necessita de monitoramento de rotina da coagulação e ajuste de dosagem a fim de garantir que os pacientes continuem dentro da faixa terapêutica
- Apesar das recomendações das diretrizes, menos de 55% dos pacientes com FA que precisam da anticoagulação a recebem
- Apenas 1 em 10 pacientes com FA estavam recebendo anticoagulação adequada no momento do primeiro AVC
ROCKET AF: rivaroxabana uma vez ao dia versus varfarina com ajuste da dose
ROCKET AF comparou a eficácia e segurança de rivaroxabana uma vez ao dia com a varfarina para a prevenção do AVC e da embolia sistêmica em pacientes com FA não valvular para os quais as diretrizes de tratamento recomendam anticoagulação oral.
Objetivo
O objetivo principal do ROCKET FA era avaliar se rivaroxabana uma vez ao dia era não-inferior quanto varfarina com ajuste de dose para a prevenção de eventos tromboembólicos em pacientes com FA não valvular com alto risco de AVC.
Projeto do estudo
ROCKET AF foi um estudo prospectivo, randomizado, duplo cego, multicêntrico, grupo paralelo, controle ativo de 14.264 pacientes com FA não valvular e histórico de AVC, AIT ou embolismo sistêmico, ou com pelo menos dois fatores de risco para AVC. Os pacientes foram randomizados para receber:
- Rivaroxabana 20 mg uma vez ao dia (15 mg uma vez ao dia para pacientes com dano renal moderado ao início do tratamento [clearance de creatinina de 30 a 49 ml/min.])
- Varfarina administrada com a finalidade de obtenção de RNI de 2,5 (variação 2,0 a 3,0)
Para preservar o caráter cego do estudo, todos os grupos se submeteram ao monitoramento de rotina de coagulação conforme necessário com a varfarina. Os valores de controle do índice internacional normalizado foram fornecidos para os pacientes que receberam rivaroxabana.
Critérios de inclusão
O estudo foi projetado para avaliar uma população adulta de paciente com risco de FA de moderado a alto, persistente ou paroxístico e:
- AVC, ataque isquêmico transitório ou embolismo sistêmico anteriores; ou
- Dois ou mais fatores de risco para AVC incluindo: insuficiência cardíaca clínica e/ou fração de ejeção ventricular esquerda ≤35%, hipertensão, idade ≥75 anos ou diabetes mellitus
- Pacientes com apenas dois fatores de risco de AVC foram limitados a 10% dentre a população total do estudo, com o restante dos pacientes necessitando três ou mais fatores de risco, ou com AVC, ataque isquêmico transitório, ou embolia sistêmico anteriores
Desfechos do estudo
- O desfecho primário de eficácia era o desfecho composto por AVC (isquêmico ou hemorrágico) e embolia sistêmica
- O principal resultado de segurança era a composição de sangramento grave e sangramento não grave clinicamente relevante
Original Article:
Rivaroxaban versus Warfarin in Nonvalvular Atrial Fibrillation
Pradaxa® versus Warfarina no Tratamento de Tromboembolismo
Artigo recente do New England destaca as vantagens do medicamento Pradaxa® (Etexilato de Dabigatrana) no tratamento prolongado de tromboembolismo venoso, devido as suas doses fixas e a não necessidade de controle laboratorial. Eles compararam, em dois estudos duplo-cego randomizados diferentes, o uso de Pradaxa® (150 mg 2x/dia) com Warfarina ou com placebo.
O Pradaxa® mostrou-se eficaz no tratamento de tromboembolismo venoso, e apresentou menor taxa de sangramento ativo, clinicamente relevante, em relação a Warfarina, mas maior taxa do mesmo desfecho em relação ao placebo. Outro dado importante foi que síndromes coronarianas agudas foram encontradas em 0.9% dos pacientes usando Pradaxa® (semelhante no grupo utilizando placebo), taxa quase cinco vezes maior do que pacientes usando Warfarina.
Cyclopropyl-methoxycarbonyl metomidate, um novo análogo soft do etomidato
Research
Adrenocortical suppression and recovery after continuous hypnotic infusion: etomidate versus its soft analogue cyclopropyl-methoxycarbonyl metomidate
Rile Ge, Ervin Pejo, Joseph F Cotten and Douglas E Raines
Introduction
Etomidato não é administrado em infusão contínua para manutenção anestésica ou sedação porque resulta na supressão profunda e persistente da síntese de esteróide adrenocortical com consequências potencialmente letais em pacientes criticamente enfermos. Os autores mostram uma hipótese que o uso de análogos do etomidade que são rapidamente metabolizados poderiam ser desenvolvidos e sem produzir disfunção adrenocortical persistente, mesmo após a infusão contínua prolongada. Esperam que esses agentes também possam fornecer mais rápida e previsível recuperação anestésica. Foi então desenvolvido o ciclopropil metoxicarbonil metomidato (CPMM). Após encerrar infusões contínuas de 120 minutos, as recuperações hipnóticas e encefalográficas ocorrem em quatro minutos. O objetivo deste estudo foi avaliar a função adrenocortical durante e após 120 minutos de infusão contínua de CPMM e comparar os resultados com aqueles obtidos com etomidato.
Methods
Ratos dexamethasone-suppressed foram distribuídos aleatoriamente em um grupo Etomidato, grupo CPMM ou grupo de controle. Ratos no do grupo etomidato e grupo CPMM receberam 120 minutos de infusão contínua de etomidato ou CPMM, respectivamente. Os ratos do grupo de controle não receberam nenhum hipnótico. No primeiro estudo, a função adrenocortical durante a infusão do hipnótico foi avaliada por administração de hormônio adrenocorticotrópico (ACTH), 90 minutos após o início da perfusão do hipnótico e medindo-se as concentrações de corticosterona no plasma no final da infusão 30 minutos mais tarde. No segundo estudo, recuperação adrencorticóide após a infusão do hipnótico foi avaliada pela administração de ACTH a cada 30 minutos após o término da infusão e pela medição das concentrações plasmáticas de corticosterona 30 minutos após cada dose de ACTH.
Results
Durante a infusão do hipnótico, concentrações séricas de ACTH estimulado foi significativamente menor nos grupos CPMM and etomidato em relação ao grupo controle (100 +/- 64 ng/ml and 33 +/- 32 ng/ml versus 615 +/- 265 ng/ml, respectivamente). Após a infusão do hipnótico, as concentrações séricas de ACTH estimulado recuperou-se aos valores controle em 30 minutes no grupo CPMM mas manteve-se suprimidopor mais de 3 horas no grupo etomidato em relação ao controle.
Conclusions
Ambos CPMM e etomidato suprimem a função adrenocortical durante a infusão contínua. Entretanto, a recuperação ocorre significativamente mais rápido com a infusão de CPMM.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Viagens e emoções antes de partir...
1 - Morar em Paris
2 - Casar e ter filhos
3 - Plantar uma árvore
4 - Escrever um livro
Tese de Doutorado: Distribuição regional de gás e tecido na síndrome da angústia respiratória aguda: consequências do efeito da pressão expiratória final positiva
5 - Mergulhar mais de 30 metros de profundidade
6 - Escalar um vulcão ou montanha com neve
7 - Mergulhar com tubarões
8 - Caminhar pelos Andes
9 - Viajar à Ilha de Páscoa
10 - Cruzeiro na Antártica
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
Greve do Palhaço!!!
De uma forma bem humorada e sarcástica, o Instituto Brasil Verdade instituiu a GREVE DO BIGODE!
Os internautas postaram suas fotos com bigodes, prometendo que seriam retirados após a saída do Presidente do Senado, Senador José Sarney!
UFA!
Podemos raspar os bigodes...
Mas e agora?
Frente a inúmeras acusações e suspeitas, eis que surge das cinzas um personagem mais que folclórico do Senado Federal, Senador Renan Calheiros.
Tem dúvidas? Veja abaixo:
Deputado Federal filho de Renan Calheiros usa verba da Câmara para pagar advogados
Renan Calheiros terá mansão com mordomo
Não restam dúvidas, após a greve do bigode, só nos resta fazer a GREVE DO PALHAÇO!
O Novo abaixo-assinado online contra sua permanência coletou até o momento mais de 886 mil nomes na plataforma Avaaz, ferramenta de mobilização social.
Se quiser participar, mande uma foto sua com nariz de palhaço para anestesiador@gmail.com.
Abra sua foto no paint, programa presente no windows e cole um nariz de palhaço nela. Salve-a no seu PC, mude seu avatar, envie seu endereço das redes sociais, e quem sabe, não teremos que esperar tanto para retirar nossa fantasia, até a saída do Senador Renan Calheiros da presidência do Senado Federal!
@anestesiador
quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013
Segurança do paciente nos serviços de saúde!
Excelente iniciativa da ANVISA e Ministério da Saúde tornando público ações de segurança que devem ser cobradas pelo paciente durante seu tratamento.
Isso já é rotina em Hospitais com acreditação ONA e Internacional, mas deveria ser expandido a todos os estabelecimento de saúde.
Foi lançado também um folder com mais detalhes.
domingo, 3 de fevereiro de 2013
sábado, 2 de fevereiro de 2013
I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência
I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da Sociedade Brasileira de Cardiologia: Resumo Executivo
Maria Margarita Gonzalez, Sergio Timerman, Renan Gianotto de Oliveira, Thatiane Facholi Polastri, Luis Augusto Palma Dallan, Sebastião Araújo, Silvia Gelás Lage, André Schmidt, Claudia San Martín de Bernoche, Manoel Fernandes Canesin, Frederico José Neves Mancuso, Maria Helena Favarato
Sociedade Brasileira de Cardiologia, Rio de Janeiro, RJ – Brasil
Resumo
Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e a tratamento, muitas são as vidas perdidas
anualmente no Brasil relacionado à parada cardíaca e a eventos cardiovasculares em geral. O Suporte Básico de Vida envolve o atendimento às emergências cardiovasculares principalmente em ambiente pré-hospitalar, enfatizando reconhecimento e realização precoces das manobras de ressuscitação cardiopulmonar com foco na realização de compressões torácicas de boa qualidade, assim como
na rápida desfibrilação, por meio da implementação dos programas de acesso público à desfibrilação. Esses
aspectos são de fundamental importância e podem fazer diferença no desfecho dos casos como sobrevida hospitalar sem sequelas neurológicas. O início precoce do Suporte Avançado de Vida em Cardiologia também possui papel essencial, mantendo, durante todo o atendimento, a qualidade das compressões torácicas, adequado manejo da via aérea, tratamento específico dos diferentes ritmos de parada, desfibrilação, avaliação e tratamento das possíveis causas. Mais recentemente dá-se ênfase a cuidados pósressuscitação, visando reduzir a mortalidade por meio do reconhecimento precoce e tratamento da síndrome pós-parada cardíaca. A hipotermia terapêutica tem demonstrado melhora significativa da lesão neurológica e deve ser realizada em indivíduos comatosos pós-parada cardíaca. Para os médicos que trabalham na emergência ou unidade de terapia intensiva é de grande importância o aperfeiçoamento no tratamento desses pacientes por meio de treinamentos específicos, possibilitando maiores chances de sucesso e maior sobrevida.
Download do artigo!
Algoritmo do tratamento da parada cardíaca em Fibrilação ventricular/Taquicardia ventricular sem pulso:
Drogas:
Adrenalina 1 mg a cada 3-5 min
Amiodarona 300 mg para FV/TVSP refratária não responsiva a desfibrilação e vasopressor.
2ª dose: 150 mg Devem ser feitas em bolus, seguidas de flush de 20 ml de solução fisiológica
Algoritmo do Tratamento da Parada cardíaca em Atividade elétrica sem pulso ou Assistolia:
Drogas:
Adrenalina 1 mg a cada 3 a 5 min.
Devem ser feitas em bolus, seguidas de flush de 20 ml de solução fisiológica.
A 1ª ou 2ª dose de adrenalina pode ser substituída por vasopressina 40 U.
Fonte: Arq Bras Cardiol. 2013;100(2):105-113
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