sábado, 4 de maio de 2013

Algumas regras de ouro em anestesiologia


As regras de ouro em anestesiologia


Segurança e qualidade nos são exigidas a cada procedimento. Para obtê-las, tenha sempre em mente algumas regras de ouro!

1.Conheça e prepare o paciente adequadamente
Não é prudente anestesiar qualquer pessoa com várias comorbidades.Deve-se obter informações suficientes sobre os medicamentos que o paciente está recebendo a fim de buscar interação medicamentosa desses medicamentos com anestésicos. Alguns simples, mas outros bem complexos e, por vezes, perigoso. Prepare seu paciente, corrija desidratação, anemia grave, diabetes, insuficiência cardíaca, hipertireoidismo. Identificar doenças pré-existentes ajuda o anestesista na estratificação de risco adequada dos casos para um plano adequado da técnica de anestesia.Explicação detalhada da anestesia deve ser oferecida ao paciente e um consentimento informado deve ser obtido.

2. Mantenha o jejum adequado, mesmo para anestesia local
Se houver náuseas e vômitos, menos provável de estar cheio seu estômago. No caso de falha da anestesia local ou toxicidade com envolvimento do SNC pelos anestésicos locais, podemos ter que administrar anestesia geral ou mesmo ressuscitar o paciente. Mais seguro de estômago vazio!

3. Conheça o material a sua volta e use mesa cirúrgica adequada
Mesmo se estiver de jejum, ele pode vomitar. Você deve ser capaz de mudar a posição da mesa, posicionando a cabeça para o lado e cabeça e tronco para baixo. Assim,  será menor a chance de aspiração.

4. Verifique os seus medicamentos e equipamentos
Antes do cada início da anestesia, especialmente se você estiver usando equipamentos mais complexos ou fora do seu uso rotineiro. Equipamentos para preservar a via aérea deve estar pronto ao lado das drogas. Fármacos para tratar situações de emergência devem estar disponíveis e identificados. Os aparelhos de anestesia e os monitores devem ser verificados de acordo com rotina de verificação dos protocolos do serviço.

5. Mantenha o aspirador de secreções pronto para uso
Ao pensar na técnica anestésica adequada ao seu paciente, lembre-se sempre do seu aspirador

6. Mantenha vias aéreas abertas
Pode ser obstruída a qualquer momento durante a sedação. Tenha cânulas de Guedel de vários tamanhos e cânulas nasofaríngeas à sua disposição. Teste seu laringoscópio na sua chegada à sala operatória e reveja os tamanhos de máscaras laríngeas e tubos orotraqueais aos seu dispor.

7. Seu paciente pode necessitar ser ventilado
Tenha um dispositivo bolsa-válvula-máscara com reservatório ligado ao oxigênio. Pode precisar entubar o paciente, portanto laringoscópio, tubos traqueais, introdutores e cateteres devem estar testados. 

8. Tenha acesso venoso garantido 
Sempre pense no calibre de forma proporcional ao ato, mas também de forma proporcional às complicações possíveis. Para infusão rápida de fluidos, escolha veias periféricas. Acesso venoso central, deixe para drogas.  

9. Monitor de pulso e pressão arterial são necessários, mas não vão dizer tudo
Monitorize continuamente, mas veja os dados pela tendência. Além disso, outras monitorizações serão necessárias para escolha de melhor conduta. Use saturação venosa central, monitorização não invasiva e procure se aprimorar com novas técnicas como ecocardiografia intra-operatória. 

10. Sempre tenha alguém na sala que possa fornecer ajuda
Pense em manobra de compressão da cartilagem cricóide na dúvida do jejum. Tenha alguém para aplicar os medicamentos na indução ou ajudar o paciente a se posicionar nas técnicas regionais.

Vigilância acima de tudo! Tem mais sugestões? Deixe seu recado! 

Fontes
1)DR.M KHAN SHERIEF, PONKUNNAM, KERALA, India. http://anaesthesiatoday.blogspot.com.br/
2) Primary Anaesthesia Edited by Maurice King, Oxford University Press 1992