terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dê um “FAST HUG” para cada paciente em toda anestesia.

Dê um “FAST HUG” para cada paciente em toda anestesia. 
Pablo B Gusman*
Natal, CBA 2007


Introdução: Idéias têm sido sistematizadas na busca pela qualidade de serviço e bons resultados em anestesiologia. Mecanismos para redução do risco e erro tem se apoiado na confecção de protocolos, normas, rotinas e checklists. Cada membro da equipe peri-operatória tem seu papel de importância e, apesar da responsabilidade do ato anestésico caber ao médico anestesiologista, todos podem colaborar na prevenção de eventos indesejados e aprimoramento da prestação do serviço. Apresenta-se um processo mnemônico que pode ser útil a todos os cuidadores frente à identificação precoce de problemas e atendimento de qualidade. 
Relato de Caso: Antes da realização de qualquer anestesia, mesmo nas situações de urgência, é indispensável conhecer, as condições clínicas do paciente, cabendo ao médico anestesiologista decidir da conveniência ou não da prática do ato anestésico, de modo soberano e intransferível. Para conduzir as anestesias gerais ou regionais com segurança, deve o médico anestesiologista manter vigilância permanente frente seu paciente. Cumprindo condições mínimas de segurança para a prática da anestesia, deve-se dispor de monitoração da circulação e monitorizações contínuas da oxigenação, do sangue arterial e da ventilação, além de fármacos, equipamentos, instrumental e materiais que permitam a realização de qualquer ato anestésico com segurança, bem como a realização de procedimentos de reanimação cárdio-respiratória. Para decisão clínica, os dados não podem ser interpretados de forma estática, havendo portanto o cuidado de avaliações de tendências dos parâmetros colhidos. Isso seria o mínimo para se evitar a tomada de decisões que tratem parâmetros, não os pacientes. Uma alternativa ao uso de protocolos seria a utilização de “checklists”. Apresentamos o conceito de “FAST HUG”, um método de fácil memorização e eficaz nos cuidados dos pacientes submetidos ao atos anestésicos, devendo ser lembrado para cada paciente em todo procedimento anestésico por todo o time de cuidadores: anestesiologistas, cirurgiões, enfermeiros. Apesar do conceito se restringir a alguns aspectos, acredita-se que seja o mínimo para obtenção de resultados satisfatórios na prática clínica peri-operatória.
Tebela 1: Os sete componentes do FAST HUG:
F
Feeding
Alimentação
Tempo de jejum segundo idade e controle de ingestão pós-operatória;
A
Analgesia
Analgesia
Uso de métodos e técnicas que garantam adequada analgesia intra e pós-operatórias;
S
Sedation
Sedação/Drogas
Sedação consciente e uso de drogas que permitam adequada inconsciência intra-operatória;
T
Tendence
Tendência
Monitorizações hemodinâmica, respiratória, cerebral e neuromuscular contínuas, proporcionando análise gráfica e numérica da evolução do paciente ao longo do ato anestésico;
H
Hot/cold
Temperatura
Controle de temperatura corporal através de mantas, colchões e líquidos aquecidos.
U
Urine
Urina
Medida de volume urinário e função renal frente ao trauma cirúrgico;
G
Gain
Hidratação
Cálculo ideal de reposição de cristalóides, colóides e necessidade de derivados e substitutos do sangue.
Conclusão:
Referências – 1. Canadian Anesthesiologists’ Society. Guidelines to the Practice of Anesthesia. Can J Anesth, 2005;52(9):S1-32. 2. Vincent JL. Give your patient a fast hug (at least) once a day. Crit Care Med 2005; 33(6):1225-1229.

PERCEPÇÃO DOS PACIENTES FRENTE A FATORES ESTRESSANTES RELACIONADOS À ANESTESIA.


PERCEPÇÃO DOS PACIENTES FRENTE A FATORES ESTRESSANTES RELACIONADOS À ANESTESIA.

Pablo B Gusman
Natal, Congresso Brasileiro de Anestesiologia 2007


Introdução – A realização de ato anestésico-cirúrgico per si é fator estressante para os paciente e certas situações podem ser consideradas como desencadeantes de traumas pós-cirúrgicos. 
Método – Em março de 2007 foram entrevistados 41 pacientes submetidos a cirurgias em Hospital Oncológico, ASA I e II com 24 horas de internação, sem passagem pela unidade de terapia intensiva (22,7% dos pacientes cirúrgicos). Na entrevista foi usada Intensive Care Unit Environmental Stressor Scale (ICUESS) traduzida, adaptada à cultura local, recebendo nota de 0 (nenhuma lembrança ou incômodo) a 4 (extrema lembrança, sendo causadora de incômodo ou estresse). 
Resultados – A idade média dos 41 pacientes foi de 57 ± 14 anos, sexo feminino (51,2%) e masculino (48,8%). A escolaridade mostrou 65,9% com 1o grau, 14,6% com 2o grau, 7,9% analfabetos e 4,9% com 3o grau. 63,4% foram submetidos a anestesias anteriores. Na atual internação foram realizadas anestesias geral (70,7%),  regional (peridural ou raquianestesia) (39%) e com local (12,2%). As situações menos incômodas foram: realizar nebulizações (97,6%), sentir que equipe olha mais para monitor que para o paciente (95,1%), sentir que equipe faz ações rapidamente (87,8%), escutar sons estranhos (75,6%), luzes acessas constantemente (70,7%) e escutar a equipe falando termos que não entende (68,3%). As mais estressantes foram: sentir falta do conjuge, jejum pré- pós-operatório, permanecer nu no leito (43,9%), estar com familiares apenas por poucos minutos (41,5%), sentir sede (34,1%) e sentir dor (24,4%). 
Conclusões – Na busca por bons resultados nos cuidados peri-operatórios, identificar fatores estressores torna-se fundamental. Medidas preventivas e minimizadoras serão decisivas para manutenção e aprimoramento da  qualidade de atendimento. 
Referências – 1. Novaes, MAFP et al. Stressors in ICU. Perception of the patient, relatives and health care team. Int Care Med. 1999;25:1421-1426.

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fonte: Leandra do http://timedicina.blogspot.com